A criança que ainda não nasceu e esta ainda aninhada perto do coração da mãe,deve ali sentir-se em grande segurança.
Suponhamos que alguém se dirigisse ao feto e lhe dissesse : "Você vai sair
deste lugar e passar para outro mundo".Em outras palavras: "você vai morrer".
O feto com certeza responderia: "Mas não quero ser retirado daqui,gosto deste lugar.Estou muito bem.Tudo me é conhecido.Sinto-me em segurança!" Assim deveria ele exprimir seu medo
do que para nós é o nascimento, mas para ele é "morrer", o fim de sua presente existência.
Contudo, chega o dia em que o feto "morre" para o seu mundo pré-natal ou, segundo o nosso ponto de vista , nasce.
Para ele isto significa passar duma forma conhecida de vida para uma des
conhecida e bem poderia parecer-lhe "morrer", visto como representa o final de uma existência que ele conhecia.
E então, o que lhe acontece? imediatamente, encontra-se entre braços
que o recebem e expressam carinho.Todas as atenções e tudo de bom voltado para ele...Todos
se agitam com ele,querendo servi-lo.Certamente ele deverá pensar: " que lugar maravilhoso es-
te!Como fui tolo, tendo medo e duvidando da providência de Deus!"
E assim começa a amar o seu novo mundo antes tão temido.Com o decorrer dos anos vai ficando velho.Certo dia chega-lhe o pensamento: "Terei de morrer e deixar este mundo que tem sido o meu lar durante muito tempo.Gosto tanto da luz do sol que me aquece o corpo.Gosto da luz das estrelas que elevam minha alma.Gosto deste jeitinho da vida.Sinto-me
aqui em segurança.Não quero separar-me dos entes queridos.Não quero morrer para este mun-
do e passar para outro".Resiste e novamente fica cheio de medo.
Chega então o momento final quando "morre" de acordo com a nossa expressão para o processo.Mas quem somos nós para saber se não será, em vez disso, pura e simplesmente um outro nascimento?O que lhe acontecerá quando ocorrer a mudança?Subitamente
sente-se jovem,de novo, e cercado de amor e beleza.Duas vezes "morreu" e duas vezes "nasceu".
É perfeitamente razoável acreditar que, quando chegar a nossa hora de morrer,nasceremos num mundo mais maravilhoso.
Creio eu que , quando se observam homens e mulheres passando pelo momento da morte,chega-se a conclusão que o outro lado deve ser um lugar de vida e de beleza.
Por vezes a doença traz consigo seu cortejo de dores e a passagem dum ser humano pela morte física pode ser patética e aparentemente difícil.Mas no momento da morte, conforme descreve
um grande médico," uma grande onda de paz parece pairar sobre a criatura e cessam todos os
seus sofrimentos humanos".
Uma enfermeira que , segundo me contou: "já vi muita gente morrer"
afirma que nunca observou terror na fisionomia dos morimbundos, salvo no de uma mulher que
tinha enganado a irmã.
Muitos enfermos na hora da morte,tem a expressão de estar vendo alguma coisa e freqüentemente referem-se a uma luz e música maravilhosas.Alguns parecem que
vêem rostos de gente conhecida.Muitas vezes esta enfermeira tem observado nos olhos dos morimbundos expressões de incrédulo encantamento.
"Não tenho medo da vida...não tenho medo da morte."Onde quer que eu vá, na vastidão da eternidade,Jesus Cristo estará comigo."
Concluindo: o instinto de conservação é muito forte e resistimos à morte, até o fim.Isto faz parte da natureza humana.A resistência à morte foi posta dentro de
nós pelo Criador, em sua excelsa sabedoria. Se não a tivéssemos, desistiríamos de viver devido às dificuldades e desgostos, procurando o meio mais fácil e seguro de fuga.Portanto fomos feitos
de modo a que nenhuma criatura humana se prive da vida sem alguma razão muito forte,pelo
menos.Porém ,Deus que nos deu o instinto de conservação, também pôs, dentro de nós uma
outra grande verdade, em forma de instinto da fé.Deu-nos Fé em que,quando tivermos de mo-
rrer passaremos duma vida a outra, duma vida mortal na terra para a imortal com DEUS.