sábado, 24 de maio de 2008

Me chamam de grosso...

Eu reconheço que sou um Grosso


Me chamam de grosso eu não tiro a razão
eu reconheço a minha grossura
Mas sei tratar a qualquer cidadão
até representa que eu tenho cultura
Eu aprendi na escola do mundo
não foi falquejando em bancos colegiais
Eu não tive tempo de ser vagabundo
porque quem trabalha vergonha não faz

Eu trabalhava ajudava meus pais
sempre levei a vida de peão
Porque desde o tempo que eu era rapaz
qualquer serviço era uma diversão
Lidava no campo cantando com os bichos
porque pra cantar eu trouxe vocação
Porque até hoje eu tenho por capricho
de conservar a minha tradição

Eu aprendi a dançar aos domingos
sentindo o cheiro do pó do galpão
Pedia licença apeava do pingo
e dizia adeus assim de mão em mão
E quem conhecia o sistema antigo
reclamem por carta se eu estou mentindo
São documentos que eu trago comigo
porque o respeito eu acho muito lindo

Minha sociedade é o meu CTG
pois lá eu enxergo toda a antiguidade
E não se confunde eu explico por que
os trajes das moças não são à vontade
E se por acaso um perverso sujeito
querer fazer usos e abusos de agora
Já entra o machismo impondo respeito
e arranca o perverso em seguida pra fora

Ó mocidade associem com a gente
vá no CTG e leve os documentos
Vão ver de perto que dança decente
e que sociedade de bons casamentos
Vá ver a pureza vá ver a alegria
vá ver o respeito dessa sociedade
vá ver o encanto das belas gurias
que possam lhe dar felicidade