Enviado pelo amigo Silvio L.
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Recentemente, a equipe do HypeScience teve o prazer de dirigir o Nissan LEAF,
um carro 100% elétrico, com zero emissão de carbono.
Ele já foi lançado e premiado em vários cantos do mundo (Japão, EUA e Europa),
mas não no Brasil, assim como outros elétricos, como o principal concorrente do LEAF,
o híbrido Prius, da Toyota. Por quê?
Segundo a Nissan, o LEAF não tem previsão de ser lançado no Brasil por que a legislação brasileira não favorece carros elétricos. Não há nenhum incentivo tributário à produção, comercialização e licenciamento de veículos elétricos aqui, o que acontece em outros lugares do mundo – graças ao conceito ambiental ligado aos carros elétricos, que não prejudica tanto o meio ambiente.
Montadoras como a Nissan, Renault, Mitsubishi e General Motors tentam pressionar
o governo brasileiro a conceder benefícios para os modelos elétricos e híbridos, mas a situação é completamente inversa: os elétricos pagam 25% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), porque nossa legislação não prevê carros sem motores a pistão.Isso significa que o governo enquadra o elétrico da mesma forma que um superesportivo com motor V12.
Segundo o ex-prefeito de Curitiba, e atual secretário estadual do planejamento no governo do Paraná, Cássio Taniguchi, isso é um absurdo. "A legislação brasileira compara os elétricos como 'carros para ricos'. Temos que mudar isso o mais rápido possível, o governo já está querendo facilitar essa comercialização", diz.
Taniguchi aprova os elétricos, acreditando que eles podem ser o futuro. "É a grande jogada, eles são a solução", complementa.
A Nissan diz que a carga tributária brasileira agregada ao preço final do produto é desproporcional e torna inviável a comercialização do Nissan LEAF. O IPI de veículos elétricos é o mesmo dos veículos mais poluidores a combustão: 25%.A contribuição ao Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) é de 11,6%. O ICMS varia entre 18% e 19% dependendo do estado, enquanto o IPVA, apesar da isenção em sete estados, pode atingir até 4% em outros.
Outros países, como Portugal, Espanha, Japão e Austrália estão incentivando os elétricos, por causa dos seus benefícios.
Portugal, por exemplo, estabeleceu a tributação dos automóveis com base nas emissões de poluentes e não de acordo com valor do bem. O Japão estuda uma forma mista, considerando o valor do carro e as suas emissões.
O veículo elétrico gasta menos do que o carro convencional para percorrer o mesmo trajeto, e o fato de ser de propulsão elétrica é vantagem para a matriz energética brasileira, baseada na energia gerada por usinas hidrelétricas que, além de abundantes, são consideradas fontes limpas.
Sendo assim, podemos dizer que estamos muito atrasados; está na hora do Brasil reconhecer as vantagens dos veículos elétricos, e permitir que cada cidadão faça sua escolha. O que você acha? Você compraria um carro elétrico?
Outro questionamento: o seu deputado apoia ou é contra a evolução de tecnologia visando menos ruído,
poluição e dependência do petróleo?