Australiano já fez mais de 980 doações de sangue
Pelo motivo de ter um tipo sanguíneo raro, o australiano James Harrison já doou sangue mais de 980 vezes, e com isso salvou a vida de mais de 2,2 milhões de recém-nascidos, incluindo a do próprio neto.
Seu sangue é usado para a fabricação de vacinas, que são administradas em mães cujo sangue é Rh- e o feto é Rh+, evitando-se assim o desenvolvimento de eritroblastose fetal nos bebês.
O sangue de Harrison, de 74 anos, no entanto, é capaz de tratar essa condição mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo a doença.
Após as primeiras doações à Cruz Vermelha australiana, descobriu-se a qualidade especial do sangue de Harrison.
Foi quando ele ganhou o apelido de "o homem com o braço de ouro".
"Nunca pensei em parar de doar", disse Harrison à mídia local. Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue e deve chegar a de número mil ainda nesse ano.
Harrison se tornou voluntário de pesquisas e testes que resultaram no desenvolvimento de uma vacina conhecida como Anti-D, que previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas.
Antes da vacina Anti-D, Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.
Aos 14 anos de idade, Harrison teve de passar por uma cirurgia no peito e precisou de quase 14 litros de sangue para sobreviver. A experiência foi o que o levou, ao completar 18 anos de idade, a passar a doar com constância o próprio sangue.
Seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, o equivalente a R$ 1,8 milhão.
Entenda a eritroblastose:
A eritroblastose (do grego eritro, "vermelho" e blastos, "germe", "broto") fetal, doença de Rhesus, doença hemolítica por incompatibilidade Rh ou doença hemolítica do recém-nascido, ocorre quando uma mãe de Rh- que já tenha tido uma criança com Rh+ (ou que tenha tido contato com sangue Rh+, numa transfusão de sangue que não tenha respeitado as regras devidas) dá à luz uma criança com Rh+. Depois do primeiro parto, ou da transfusão acidental, o sangue da mãe entra em contato com o sangue do feto e cria anticorpos contra os antígenos presentes nas hemácias caracterizadas pelo Rh+. Durante a segunda gravidez, esses anticorpos podem atravessar a placenta e provocar a hemólise do sangue da segunda criança. Esta reação nem sempre ocorre e é menos provável se a criança tiver os antígenos A ou B e a mãe não os tiver.
Australian saved the lives of 2 million babies until now because his blood is rare and essential for development of vaccines saving.
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