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Obter água do ar - milagre ou maluquice?
Soa como maluquice ou ficção científica, mas é realidade de milênios. Há menções na Bíblia e em antigas orações judaicas, e os arqueólogos continuam achando as rochas das quais os agricultores israelenses da antigüidade extraíam o orvalho para regar as suas searas.
A EWA (a sigla significa, em inglês extração da água do ar), empresa que desenvolveu uma tecnologia limpa para obter água do ar. O segredo consiste em um desidratante sólido que captura a água do ar e em um condensador especial que reutiliza a energia suprida ao sistema, economizando mais de 85% da carga.
O processo compreende três etapas: absorção da umidade do ar, extração da água capturada pelo desidratante e condensação.
A absorção da umidade é um processo exotérmico (libera calor). Ocorre espontaneamente e só exige um mínimo de energia para ser bombeado através do equipamento. A recuperação do calor foi integrada como função ao condensador, reduzindo os custos para a produção da água a preços razoáveis, como ocorre em outros processos, a exemplo da dessalinização.
Para Eitan Bar, gerente da EWA, tratava-se de uma questão de prioridades. Sua empresa, especializada em energia solar e na extração de água limpa do ar, já havia desenvolvido um novo equipamento de ar condicionado alimentado por energia solar que despertou o interesse da indústria; mas ele se deu conta de que a água potável é muito mais premente.
A empresa, fundada em 2006, se alicerça em nove anos de pesquisas desenvolvidas pelo próprio Eitan Bar, antigo pesquisador da Universidade Ben Gurion. EWA agora tem representantes nos Estados Unidos, Índia, Jordânia, Chipre, Austrália e África Ocidental, onde ajuda os agricultores a gerar créditos de carbono, além de lhes proporcionar água limpa para beber e regar suas plantações.
A EWA emprega doze pessoas. No ano passado, pela primeira vez seu balanço apresentou lucro (100 mil dólares). As previsões para este ano lidam com faturamento de cerca de 5 milhões de dólares, valor que deve crescer em 2009 para mais de 100 milhões, devido à crescente demanda da África, Índia e Austrália.
fonte: jaymecopstein.com.br